Recebido por mail:
O senhor José ... (omitimos o nome para protecção da pessoa lesada) denunciou-nos uma situação da qual foi vítima e que a ser verdade, (pessoalmente não encontrei razão mínima para duvidar das suas palavras, visto mostrar ser uma pessoa simples e honesta) expõe uma verdadeira “jogada” vergonhosa do nosso Governo.
Pessoa residente numa zona pobre de Vila Nova de Gaia, com família a cargo e com parcos recursos financeiros o senhor José ... encontra-se desempregado desde 2006.
Em Março de 2010 este sr. dirigiu-se ao Instituto do Emprego e Formação Profissional de Vila Nova de Gaia, existente na Av. da Républica desta cidade, no intuito de pedir um comprovativo da sua situação de desemprego de longa duração para fins de isenção das taxas moderadoras no Centro de Saúde local. Foi surpreendido com a informação de que se encontrava na ficha como “empregado”. Estando, como já o dissemos, desempregado desde 2006, o sr. José ... pediu esclarecimentos à funcionária que nervosamente alegou um “erro do sistema” e que iria rectificar a sua situação para que consta-se como desempregado, pois era essa desde há anos a sua infeliz, mas real, situação.
Em Setembro de 2010 (muito recentemente) o sr. José ... dirigiu-se NOVAMENTE ao Instituto do Emprego e Formação Profissional de Vila Nova de Gaia, existente na Av. da Républica desta cidade, no intuito de pedir um comprovativo da sua situação de desemprego de longa duração desta vez para fins bancários, quando foi NOVAMENTE informado que constava como “empregado”.
Pouco contente com tal situação já repetida e tendo educadamente abordado os funcionários do Instituto do Emprego e Formação Profissional sobre tal erro tão persistente, ficou espantado quando a custo acabaram por lhe revelar que:
“Devido às Eleições Legislativas que ocorreram em finais de 2009, haviam sido dadas ordens superiores para que muitos desempregados de longa duração, fosssem alterados no sistema informático para passarem a contar como empregados e assim descerem as estatísticas da média de desemprego em Portugal”.
Tal situação, que será uma ponta do iceberg para muitas outras, não pode nem deve ser admitida num Estado de Direito.
Aqui vemos a seriedade e a competencia do Governo que actualmente administra o nosso País.
Vemos também, sem a menor sombra de dúvida, que o número actual de desempregados é muito superior ao oficialmente anúnciado.